Tocha olímpica inicia belo percurso amanhã

Tocha olímpica inicia belo percurso amanhã

Após ser acessa na cidade grega de Olímpia a 4 de agosto, quando finalmente chega ao Rio, a tocha olímpica fará uma viagem de 104 dias, a maior parte dela pelo território brasileiro. A tocha percorrerá mais de 300 cidades dos 26 estados que o país possui, e do Distrito Federal – por onde, aliás, começará sua jornada verde e amarelo, amanhã, dia 3 de maio. Segundo informações do site Folha de Pernambuco, a tocha será revezada em 16 destinos que merecem medalhas de ouro antes mesmo do início das Olimpíadas.

Confira os 16 destinos que a tocha percorre a partir de amanhã:

“Olimpo” baiano de Todos os Santos – Passará pela capital baiana no dia 24 de maio.

Delta do Parnaíba –  Localizado no Piauí, receberá a tocha no dia 9 de julho.

Lençóis Maranhenses na melhor época –  Assim como o Delta do Parnaíba, o Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses faz parte da Rota das Emoções, que contempla ainda Jericoacoara, no Ceará. A tocha chegará a Barreirinhasem 13 de junho.

Em Campina Grande, tocha pula fogueira –  A passagem da chama olímpica, dia 2 de junho, será uma espécie de cerimônia de abertura do São João, que começa oficialmente no dia seguinte e vai até 3 de julho, com shows com artistas como Wesley Safadão, Elba Ramalho e Lucy Alves no Parque do Povo. A tocha será recebida em frente ao monumento dos Tropeiros da Borborema, no Açude Velho.

Um salto até Fernando de Noronha – Fernando de Noronha vale um desvio de rota. Foi o que pensaram os organizadores do revezamento da tocha ao incluírem o arquipélago. A chama olímpica chegará no dia 5 de junho e será conduzida pelas praias do Sancho, do Sueste, da Conceição e da Cacimba do Padre, onde o condutor levará a tocha para perto dos Dois Irmãos de stand up paddle. Haverá um revezamento pela Vila dos Remédios até o forte, passando pela prefeitura, pelos canhões da Praça de São Miguel e terminando no mirante da capela de São Pedro dos Pescadores.

Rio Branco, uma outra Amazônia – A capital mais ocidental do País será visitada pela comitiva no dia 21 de junho. Rio Branco, aliás, é a única cidade do Acre no roteiro. Durante essa passagem, um dos meios de transporte da tocha será a catraia – um pequeno barco de madeira a remo, muito popular entre a população ribeirinha.

Maratona de sabores em Belém – Belém do Pará completou 400 anos em janeiro, mas as celebrações continuam até o fim do ano. E a passagem da tocha, em 15 de junho, fará parte da festa. O ponto de partida é o mercado Ver-o-Peso, onde é possível provar os sabores da terra, açaí, bacuri, tacacá, tucupi, castanha-do-pará e peixes amazônicos, como tambaqui e filhote. Também haverá a reabertura do Parque Ecológico Gunnar Vingren, prevista para 10 de outubro, uma área de proteção ambiental perto do aeroporto de Val-de-Cans.

Azuis e vermelhos em Pirenópolis – Já em seu segundo dia de viagem, a chama olímpica passará por Pirenópolis. Nessa cidade, ficam as cachoeiras mais famosas de Goiás, como a da Várzea dos Lobos. O Theatro de Pyrenópolis e a Fazenda Babilônia são construções que valem a visita, assim como o Museu das Cavalhadas, fechando a Festa do Divino Espírito Santo (de 15 a 17 de maio).

Na esquina de Foz do IguaçuFoz do Iguaçu é internacionalmente conhecida por suas cataratas. Mas o roteiro pela cidade, dia 30 de junho, quer mostrar que a diversidade. A tocha passará pela Praça da Bíblia, pelo templo budista e pela mesquita da cidade, onde está uma das maiores comunidades muçulmanas do País. Ela será conduzida também pela Hidrelétrica de Itaipu, depois pelo Parque Nacional das Cataratas, onde vai de barco até bem perto da Garganta do Diabo. O Parque das Aves e o Marco da Tríplice Fronteira também estão na lista.

Um mergulho em Bonito – Depois do Mato Grosso, será a vez de o Mato Grosso do Sul receber a tocha. No dia 25 de junho, a chama passará por Bonito, em seu caminho para a capital Campo Grande. Será outra visita-relâmpago, mas com tempo para conhecer duas das principais atrações da região. Um dos condutores vai entrar com a tocha – sem mergulhar – no Aquário Natural, na nascente do Rio Baía Bonita. Em seguida, a tocha irá para a Gruta do Lago Azul.

São Mateus das tartarugas A tocha olímpica terminará sua passagem pelo Espírito Santo no dia 18 de maio. Não sem antes ficar uma noite em São Mateus, uma das cidades mais antigas do estado e do próprio País. No litoral norte capixaba, sua atração mais conhecida é o porto histórico, com casarões do século XIX. Mais afastada do centro fica o centro de visitantes do Projeto Tamar, no distrito de Guriri. Lá os visitantes podem conhecer quatro espécies de tartarugas-marinhas. Outro destaque é o povoado de Barra Nova.

Ilhabela com suas 42 praias – Nenhuma outra modalidade deu ao Brasil mais medalhas olímpicas do que a vela (19, no total). Então, nada mais justo que a tocha passar por um dos lugares onde o esporte é mais praticado. Será a bordo de um barco a vela que o revezamento se iniciará em Ilhabela, no litoral norte paulista, dia 25 de julho. Uma das paradas será na Fazenda Engenho D’Água. Entre as 42 praias da ilha, a de Castelhanos é considerada a mais bonita. Mas a isolada Praia do Bonete compete pelo lugar mais alto do pódio das belezas naturais.

O superlativo da Chapada dos Guimarães – A Chapada dos Guimarães é cheia de números superlativos: 46 sítios arqueológicos, dois sítios paleontológicos, 59 nascentes, 487 cachoeiras, 157km de paredões rochosos, duas reservas estaduais, duas estradas-parques e um Parque Nacional com 33 mil hectares. Tudo isso em uma Área de Proteção Ambiental de 251.847,53 hectares no coração do País, a 65 quilômetros da capital de Mato Grosso, Cuiabá. A tocha olímpica passará pela região no dia 24 de junho, no mesmo roteiro da visita à cidade de Nobres e ao Pantanal Matogrossense.

Diamantina de Chica da Silva Patrimônio da Humanidade pela Unesco, Diamantina é uma das joias da antiga Estrada Real, que começava exatamente ali, no Vale do Jequitinhonha mineiro. Em 10 de maio, o revezamento da tocha passará pelas mesmas ruas onde desfilou Chica da Silva e sua corte. As igrejas de Nossa Senhora do Carmo, de 1760, e de São Francisco de Assis, de 1725, expressam bem os tempos de fartura do Ciclo do Ouro (ou, no caso da cidade, da exploração de pedras preciosas).

Laguna revolucionáriaLaguna, a 120 quilômetros de Florianópolis, é ideal para quem quer combinar belas praias e História. A cidade foi uma das principais bases de colonização do sul do país e também importante palco da Revolução Farroupilha. A proclamação da República Juliana, por exemplo, foi assinada no casarão onde hoje está o Museu Histórico Anita Garibaldi – que receberá uma das paradas do tour da tocha, dia 10 de julho.

As missões de São Miguel No noroeste do Rio Grande do Sul, São Miguel das Missões possui um dos conjuntos arqueológicos mais importantes do Brasil, por onde o revezamento passará dia 4 de julho. As ruínas da igreja de São Miguel Arcanjo, de 1687, são as mais preservadas dos chamados Sete Povos das Missões. O Museu das Missões, projetado por Lúcio Costa, é um complemento obrigatório. Com mais tempo na região, vale a pena visitar ainda outras ruínas, como os sítios arqueológicos de São João Batista, São Lourenço e São Nicolau em cidades vizinhas.
 

Informações Folha – PE