Santa Cruz junta título inédito ao passado de glórias e confirma alcunha de Terror do Nordeste

Santa Cruz junta título inédito ao passado de glórias e confirma alcunha de Terror do Nordeste

Os gritos são entoados pelas arquibancadas desde 1957, mas foram pensados pelo compositor e tricolor Capiba nove anos antes. Criada em 1948, a canção Mais Querido só foi lançada na temporada em que o time conquistou o supercampeonato. Teve, justamente, a expressão “super” acrescentada aos versos pensados antes. Mas é o outro termo, sempre entoado a plenos pulmões, que ganha ainda mais força com a conquista deste domingo. De fato e de direito, o Santa Cruz é o Terror do Nordeste. Antes, o clube tinha disputado o regional nove vezes. Nunca tinha chegado em uma final. As palavras, agora, ganham uma taça para materializar o sentimento. Uma vitória que se junta ao passado de glórias. De um time que foi pioneiro em muitas conquistas dentro das quatro linhas e, por isso, já tinha o respeito dos rivais.

A primeira vitória contra um time do Sudeste

Em 1919, o Santa Cruz conquistou uma histórica vitória de 3 a 2 sobre o Botafogo, em 1919. O resultado tornou o time coral o primeiro nordestino a bater uma equipe do Sudeste. O triunfo, por sinal, foi conquistado diante de um time muito forte. Três vezes campeão carioca e com o Rio de Janeiro sendo o centro do futebol brasileiro na época, a Estrela Solitária passava por excursão no Recife e, quatro dias antes, havia goleado o Sport por 6 a 1.

Primeiro time a bater a Seleção Brasileira

O Tricolor também foi o primeiro time nacional a bater a Seleção Brasileira. A vitória por 3 a 2 aconteceu no antigo campo da avenida Malaquias, em 10 de outubro de 1934. Os gols foram marcados por Zezé (2) e Sidinho em um grupo que contava com vários jogadores presentes na Copa do Mundo da Itália. Tinha, por exemplo, Lêonidas da Silva em ação e já havia vencido Bahia, Náutico e Sport. Até hoje, apenas o Atlético Mineiro (1934) e Flamengo (1976) conseguiram repetir o feito coral.