Greve geral na Argentina faz aéreas cancelarem voos nesta terça-feira

A Argentina iniciou nesta terça-feira greve geral de 24 horas liderada pelo setor dos transportes contra o aumento de impostos no país. Com isso, voos de companhias aéreas brasileiras para aquele país tiveram de ser cancelados. Os voos deverão voltar a operar normalmente na quarta (1º).

Segundo informações do Bom Dia Brasil, no aeroporto de Guarulhos, por exemplo, os passageiros em conexão, em alguns casos, estão sendo acomodados em hoteis para que sigam viagem na quarta-feira.

No posto da Aerolíneas Argentinas no Aeroporto de Guarulhos foi informado, por telefone, que a companhia também não operaria voos do Brasil para a Argentina devido à paralisação a companhia informa que os passageiros poderão remarcar suas passagens para datas até o dia 30 de junho deste ano sem pagar taxas ou diferença na tarifa.

A TAM informou que vai cancelar 19 voos para os aeroportos de Córdoba, Rosário e Buenos Aires (Ezeiza e Aeroparque), todos na Argentina. Os clientes que tiverem voos afetados podem remarcar a data da viagem para os próximos 15 dias sem qualquer custo, de acordo com a disponibilidade de assentos.

A companhia também permitirá que o passageiro faça a mudança do destino, sem multas, sujeito às diferenças tarifárias correspondentes. Para isso, no Brasil, os clientes devem entrar em contato com a Central de Atendimento pelo telefone 4002-5700 (capitais) e 0300-570-5700 (demais localidades). Na Argentina, o telefone é 0810-333-3333.

A Gol informou que seis voos previstos para esta terça-feira foram cancelados e que os clientes impactados estão sendo contatados pela companhia para reacomodação em outros voos.

A companhia orienta os passageiros de voos que partem ou seguem para o Aeroporto de Aeroparque – que deverá ter suas atividades paralisadas –, a entrarem em contato pelo telefone 0800 704 0465, no Brasil, ou 0810 2663 131, na Argentina.

No caso da Aerolíneas Argetinas, os telefones para remarcação são 0800-000-5050 (Brasil) e 0810-222-86527 (Argetina).

Tensões
A greve acontece em meio a tensões entre o governo argentino e sindicatos da oposição. A paralisação foi convocada para pedir a redução ou a eliminação de um imposto aplicado sobre os salários e servirá para medir forças antes do início das negociações salariais com empresas, informa a France Presse.

A greve ameaça parar o país com a interrupção do transporte público de ônibus, trens, metrôs, aviação comercial, transporte fluvial e de cargas. Também aderiram os setores médico, bancário e de alimentos, entre outros.

Greve geral
Os sindicatos são contra o imposto progressivo sobre os salários, que têm alcançado um número cada vez maior de trabalhadores. O imposto se aplica sobre os salários a partir de 15.000 pesos (aproximadamente US$ 1.700) em escalas progressivas que chegam a 35%.

O ministro da Economia, Axel Kicillof, antecipou no final de semana que o imposto não será modificado porque “afeta uma minoria que ganha mais”, cerca de 850 mil trabalhadores dentro de um total de 11 milhões de assalariados, segundo estimativas oficiais.

A última greve geral no país aconteceu em agosto do ano passado, quando sindicatos opositores ao governo de Cristina Kirchner fizeram uma paralisação de 36 horas em protesto contra as políticas do governo.