Mulher tenta entrar em presídio com 4,6 quilos de maconha e um revólver

Mulher tenta entrar em presídio com 4,6 quilos de maconha e um revólver

Uma mulher foi presa, na manhã deste domingo (6), ao tentar entrar com droga, arma e munição no Presídio Juiz Antônio Lins de Barros (Pjalb), que faz parte do Complexo Penitenciário do Curado, na Zona Oeste do Recife. De acordo com informações repassadas por agentes penitenciários,  ela portava 4,6 quilos de maconha, um revólver calibre 38 e cinco projéteis. Tudo isso estava acondicionado em um pote com macarrão.

Segundo informações dos agentes que estavam de plantão na unidade carcerária, a prisão ocorreu às 8h40. Domingo é dia de visitas na unidade. A mulher informou que levaria o almoço para o filho. Quando o pote foi colocado na máquina de Raio-X, a guarda da unidade detectou a presença da arma e da droga.

A mulher foi levada para a Central de Plantões da Polícia Civil, na Zona Norte da capital pernambucana. Depois, deve seguir para a audiência de custódia.

Agente
Na quinta-feira (3), um agente de segurança penitenciária foi preso em flagrante ao tentar entrar com uma arma de fogo no Presídio Agente Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa), no Complexo do Curado, na Zona Oeste do Recife, de acordo com a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres).

A secretaria havia acionado a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social após denúncias e ele foi preso portando uma pistola 9 milímetros, de uso restrito das Forças Armadas. Segundo a Seres, a arma estava dentro de uma bolsa. O nome do agente não foi divulgado pelas autoridades.

Nota
Em nota, o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Pernambuco, João Carvalho, afirmou que a categoria  repudia a atitude de qualquer servidor que participe de atividade ilicita. Segundo ele,  todo e qualquer caso deve ser punido quando  acontece um fato que prejudica  o bom andamento do servico publico e a imagem da categoria de agentes penitenciarios de Pernambuco.

O Sindicato diz, ainda, que o fato do servidor que foi detido com a arma de calibre restrito não representa a totalidade de agentes penitenciarios e de servidores. A categoria solicita que se cumpra a norma legal e o rigor da lei, preservando o direito a ampla defesa.

Armas apreendidas
Revistas nos presídios de Pernambuco já resultaram na apreensão de 31 armas de fogo, somente neste ano. No dia 26 de outubro, foram encontradas duas armas de fogo no Complexo Prisional do Curado. Em 2015 inteiro, os agentes confiscaram 21 armamentos deste tipo.

Em 2016, três armas foram  aprendidas, em média, por mês, nas unidades prisionais pernambucanas. No ano passado, a média foi de duas confiscadas a cada 30 dias. Além das armas de fogo, os agentes recolheram este ano, no primeiro semestre, mais de 1.400  facas, facões e armas artesanais. Em 2015, foram recolhidas 3.500 unidades.

Briga de facões
Em setembro deste ano, um vídeo divulgado pelo Sindaspe-PE mostrou uma briga de facões entre dois detentos do presídio Presídio Juiz Antônio Luís Lins de Barros (PJALLB), outro dos presídios que compõe o Complexo do Curado. Nas imagens, é possível ouvir gritos de incentivo enquanto dois detentos, um só de calção e outro de camisa verde, “duelam”. O que está sem camisa luta com dois facões na mão. Outros presos também portam o mesmo tipo de arma ao assistir à briga.

Os problemas no Complexo do Curado foram alvo também de uma denúncia à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Em junho deste ano, uma comissão esteve no Complexo de Presídios e constatou a permanência dos problemas de superlotação e violação de direitos humanos.