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Brasil registra recorde de 575.930 médicos ativos : 2,81 por mil habitantes

Wilson Dias/Agência Brasil

O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta segunda-feira (8) os dados mais recentes da Demografia Médica 2024, revelando um panorama marcante da profissão médica no Brasil. Com um total de 575.930 médicos ativos, o país atinge uma proporção de 2,81 profissionais por mil habitantes, alcançando a maior marca já registrada.

Desde o início da década de 1990, o número de médicos no Brasil aumentou exponencialmente, superando em muito o crescimento populacional. Em um período de aproximadamente 30 anos, o contingente de profissionais de saúde saltou de 131.278 para os atuais 575.930, enquanto a população brasileira aumentou em 42%.

Um dos destaques desse crescimento é a expansão do ensino médico, que testemunhou um aumento significativo no número de escolas médicas. Hoje, o Brasil abriga 389 instituições de ensino médico, quase quintuplicando desde 1990. No entanto, o CFM expressa preocupações com a qualidade e ética na formação dos médicos, enfatizando a necessidade de atender às demandas sociais e garantir profissionais de excelência.

Apesar do crescimento expressivo no número de médicos, o CFM destaca a persistente desigualdade na distribuição geográfica e no acesso aos serviços de saúde. A maioria dos médicos concentra-se nos estados do Sul e do Sudeste, enquanto regiões como o Norte e o Nordeste enfrentam escassez e falta de investimentos em saúde.

Outro aspecto relevante é a mudança no perfil de gênero na medicina. Mulheres constituem uma parcela significativa dos médicos com menos de 40 anos, refletindo uma tendência de maior representatividade feminina na profissão médica.

Apesar dos avanços, a distribuição de médicos pelo país ainda é desigual. O Sudeste lidera com a maior densidade de profissionais, enquanto o Norte apresenta a menor proporção. Nas capitais, a densidade de médicos é substancialmente maior do que nas áreas rurais.

Diante desses desafios, o CFM ressalta a importância de políticas para garantir uma distribuição equitativa de médicos e a continuidade do desenvolvimento profissional. A qualidade dos serviços de saúde depende não apenas do número de médicos, mas também da formação contínua e do compromisso com a excelência no atendimento.

Em suma, o aumento no número de médicos é um passo importante, mas deve ser acompanhado por medidas que garantam acesso igualitário aos serviços de saúde em todo o país e promovam uma prática médica ética e de qualidade.

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