O ex-deputado federal Wladimir Costa, popularmente conhecido como Wlad, foi detido pela Polícia Federal (PF) no Aeroporto Internacional de Belém (PA) nesta quinta-feira (18). A prisão, realizada no início da manhã, foi efetuada sob acusação de violência política contra a deputada federal Renilce Nicodemos (MDB-PA).
De acordo com informações da PF, os agentes abordaram Wladimir Costa no momento em que ele desembarcava em Belém, vindo de um voo. O ex-parlamentar foi conduzido às autoridades prisionais do estado após a detenção.
A prisão preventiva foi solicitada pela Polícia Federal devido à prática recorrente, entre outros delitos, de crimes eleitorais de violência política contra a deputada Renilce Nicodemos, perpetrados principalmente por meio das redes sociais.
O inquérito conduzido pela PF revela que o ex-deputado proferiu insultos e xingamentos contra a parlamentar, além de compor uma música difamatória contra ela. Também foram identificadas ações como a fixação de faixas nas ruas de Belém e a contratação de carro de som para proferir ofensas direcionadas à deputada. Em transmissões ao vivo pela internet, Wladimir teria incitado seus seguidores a agredirem a deputada.
A decisão judicial que resultou na prisão de Wladimir Costa também determinou a exclusão das postagens nas redes sociais que motivaram o mandado de prisão.
Wladimir Costa ganhou notoriedade durante seu mandato parlamentar ao tatuar o nome do então presidente Michel Temer (MDB) em seu ombro, em um evento público em 2017. O ex-deputado teve seu mandato cassado ainda no mesmo ano.
A CNN tentou contato com a defesa de Wladimir Costa para obter comentários, porém, até o momento, não obteve resposta.
A deputada Renilce Nicodemos, por sua vez, agradeceu o trabalho realizado pela Polícia Federal em relação ao caso. Em declarações à CNN, a parlamentar ressaltou que há seis meses vem sendo vítima de uma série de crimes cometidos por Wladimir Costa, e expressou sua confiança nas autoridades responsáveis pela investigação e pela aplicação da justiça.